E cá estou eu às 7:32 da manhã para
mais um post. Pois é, depois da minha filha mais nova ter acordado antes das
6:00 (algo que é muito frequente), não consegui voltar a dormir e pelo menos
aproveitei esta hora para fazer ioga e meditação: cada vez mais consigo fazer posturas
sozinhas e por mais tempo. As aulas estão a ter o seu efeito e não há nada como
começar o dia com este tipo de atividade. Mas adiante...
Ontem tinha planeado fazer uma pizza
para o jantar, no entanto, ao consultar o blog Chili com todos deparei-me com
esta receita e achei que seria uma excelente opção para um jantar vegetariano.
Mas claro, como sempre, colocava-se o desafio de a "converter" em
versão sem glúten e pela primeira vez consegui fazer uma receita deste género,
totalmente biológica. Ou seja, recorri apenas a farinhas biológicas sem mix's
e afins. Então foi assim:
Massa quebrada sem glúten: Não me
meti a fazer massa folhada sem glúten (nem a normal saberia fazer) como refere
a receita original, então, optei por uma massa quebrada feita à base de farinha
de milho. Misturei farinha de milho branco e amarelo e amido de milho
biológico. Fiz a olho, como é habitual nos meus cozinhados (sou preguiçosa em
ir buscar a balança, tento sempre libertar-me desse utensílio e
raramente sigo uma receita à risca, é claro que às vezes corre mal) mas penso
que se seguirem as seguintes medidas chegam lá:
- 240gr de farinha de milho (branco e/ou amarelo, coloquem também algum amido de milho);
- 3 ovos;
- 3 colheres de azeite ou óleo de girassol biológico e prensado a frio;
- 3 colheres de água (pode não ser necessário);
- 1 pitada de sal.
Como fiz:
Misturei tudo num recipiente à exceção
da água e mexi tudo muito bem com um garfo até ficar uma massa areada.
Depois, pressionei com as mãos a massa até ficar numa bola. O objetivo é que a massa não se cole às mãos. Têm de
observar bem a massa: se ela não ficar unida e partir-se com facilidade deverão
juntar água aos poucos até o conseguirem. Mas não podem deitar demasiada água
porque é necessário que a massa não se cole às mãos.
De seguida coloquei película aderente
na banca da cozinha. Gosto sempre de estender a massa em película aderente porque
para além de facilitar a colocação da massa estendida na forma, acho que é mais
higiénico (nunca sabemos se conseguimos limpar bem a banca ou se até terão
ficado resíduos do produto de limpeza, enfim, minhoquices minhas). Coloquei a
bola de massa sobre a película e com o rolo da massa estendi até ter um
diâmetro que cobrisse a forma de tarte.
Depois de colocar a massa entendida na
forma e tirar a película procedi como habitualmente na confeção de uma tarte:
pressionar a massa contra as margens e furar o fundo com um garfo. O resultado
foi este:
Para o recheio:
- 4 ovos
- 2 alho francês
- 1 pacote de creme de arroz
- 1 molho de cebolinho fresco
- 1 molho de tomilho fresco
- vinagre balsâmico q.b.
- azeite q.b.
- sal q.b.
- pimenta q.b.
- garam masala
Numa frigideira coloquei azeite, uns raminhos de tomilho, o alho francês cortado longitudinalmente, uma pitada de garam masala e fritei em lume brando. Mexi de vez em quando com algum cuidado até caramelizar. Deite-lhe, depois, um pouco de vinagre balsâmico e deixei evaporar ligeiramente.
Não resisti, também, em deitar uma pitada de garam masala que
comprei da última vez que fui ao mercado biológico. Ando “viciada” nesta
especiaria: no fundo é uma mistura de várias especiarias que segundo a dieta
ayurvédica tem propriedades termogénicas, ou seja, aquece o corpo e acelera o
metabolismo, fazendo com que o organismo gaste mais energia e perca mais
calorias. Acredita-se também que o seu consumo cria sensação de bem-estar e
felicidade, o que nunca é demais.
Quanto ao recheio da tarte fiz também algumas
alterações da receita original: em vez de natas e porque não encontro natas biológicas, usei um
pacote de creme de arroz biológico para fazer o recheio, assim a tarte para além de ser sem glúten também ficou sem lactose. Bati ligeiramente os ovos e adicionei o creme de arroz, o cebolinho bem picado e uma pitada de sal marinho. Mexi tudo muito bem até obter um creme. Fiquei deliciada com o
aveludado e a cor do creme (os ovos biológicos fazem mesmo toda a diferença).
Coloquei o recheio na tarteira forrada e depois coloquei o alho francês por cima. Reduzi um pouco de vinagre balsâmico na frigideira com o azeite residual e deitei este molho por cima do alho francês. Depois levei ao forno por 15 a 20 minutos. O resultado foi este:
E quem disse que as
crianças não gostam de comer legumes? Não ficou nada para contar história: para além de saudável, é mesmo deliciosa e vale a pena experimentar. Da
próxima vez talvez tente com acelgas...
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