Fazer piqueniques e caminhadas por entre a
natureza e lugares recônditos são, para mim, daqueles prazeres
da vida que procuro incutir e passar às milhas filhas e até ao meu marido
não era muito destas coisas. É das recordações mais queridas que tenho de
infância e adolescência. Lembro-me que frequentemente fazíamos alguns piqueniques ao longo do
ano e fiquei sempre com o gosto de todo o ritual desde a preparação à sua realização (que nesse tempo ficava à responsabilidade da minha mãe): planear o sítio a visitar, preparar a comida, procurar
um lugar airoso e agradável para comer, desfrutar de ar fresco e de tudo de bom
que isso traz para a nossa saúde física e mental. Na adolescência, as caminhadas pelas levadas da Madeira (cursos de água que atravessam as serras da ilha) eram frequentes no verão.
Como o tempo tem andado a pregar algumas partidas,
sempre que o sol prolonga-se mais no céu nós temos tentado aproveitar para
passear com as miúdas. Depois da ida à serra da Estrela este foi o segundo
piquenique que fizemos este ano.
Tentei que a preparação do piquenique fosse muito
simples mas garantindo uma refeição completa e saudável (ainda assim fui a
primeira a estar fora da cama de manhã para garantir que saíamos a horas decentes
e aproveitávamos bem o dia). Optei por um prato que pudesse ser comido frio e de
forma fácil, principalmente para as miúdas: arroz integral com feijão azuki
(rico em proteínas, fósforo, cálcio, ferro, potássio, zinco, fibras solúveis e
vitaminas do complexo B), acompanhado por uma salada semelhante à que descrevi
aqui. Para temperar a salada fiz um molho muito simples: três partes de azeite
para uma de vinagre balsâmico e umas pedras de sal, coloquei-o num frasco
pequeno, agitei o fresco fechado para emulsionar bem. O molho foi à parte no frasco, para a salada ser temperada na hora da refeição e não queimar.
Fruta fresca, água, umas fatias do banana bread e bebida de arroz biológica para o lanche: tudo na
geleira. Pratos, copos de plásticos (que no final são recolhidos, lavados e
colocados na reciclagem) e talheres à parte (o que eu gostava mesmo era ter um
daqueles cestos de piquenique que já tem os compartimentos e loiça própria para
todos estes preparos, seria mais prático e até sustentável mas sinceramente
nunca vi nenhum à venda), uma manta
colorida e aqui vamos nós.
O local escolhido foi nos arredores da aldeia de Benfeita, concelho de Arganil. As fotos falam por si:
Para além do piquenique ter sido muito agradável, ficámos a
conhecer um lugar idílico muito parecido às paisagens que eu tão bem conheço da
minha ilha da Madeira: a cascata Fraga da Pena pertence à paisagem protegida da serra do Açor e localiza-se próximo da aldeia de Benfeita.
O caminho é de xisto e obviamente tortuoso. Subimos e descemos várias vezes por entre uma paisagem verde e luxuriante.
E quando lá chegámos...palavras para quê?
Só mesmo no regresso a casa as "três Marias" sucumbiram ao cansaço e adormeceram no carro. A nossa sorte é que o homem cá da casa não adormece tão facilmente e já está habituado a ter que aguentar o leme nestas alturas...
Que sítio espectacular! As fotos estão maravilhosas e a comidinha também . Também gosto muito de piqueniques, só estou à espera que o tempo melhore um pouco mais e as alergias passem.
ResponderEliminarObrigada Lígia: que bom vê-la por aqui e ter o seu feedback. Sim o sítio é mesmo muito bonito, se me mostrassem as fotos sem me dizerem onde ficava iria jurar que era na Madeira e afinal aqui tão próximo... Cá em casa também sofremos um pouco com as alergias e já começo a sentir os primeiros sintomas mas ainda assim deu para aproveitar :) Obrigada pelo seu comentário.
EliminarLove it! <3
ResponderEliminarObrigada linda! Que bom ver-te por aqui ;)
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