quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Os entraves para uma vida saudável


Como já devem ter percebido eu sou uma rapariga que não gosta muito de estar parada. Mas às vezes parece que existem forças que nos querem puxar para trás. O dia-a-dia não é fácil e está carregadinho de imprevistos que nos fazem, muitas vezes, recuar no nosso caminho. Uma pessoa anda à procura de um estilo de vida saudável e parece que alguém nos rogou uma praga para as coisas não correrem bem. Assim fica difícil!
Como referi aqui, recentemente eu e o meu marido decidimos iniciar uma atividade física. Ultimamente sentimo-nos um pouco enferrujados e também com poucas oportunidades para fazermos atividades juntos, sem a presença das filhas que ainda estão numa idade que exigem muito de nós. Fiquei surpreendida quando ele sugeriu fazermos yoga: se há alguém que empurra alguém para estilos de vida saudável cá em casa, esse alguém costuma ser eu e não o contrário. E ainda que ele seja normalmente colaborante com as minhas ideias, embora inicialmente desconfiado, raramente a iniciativa parte dele. Neste sentido, quando ele fez a sugestão achei fantástico e percebi que tinha de aproveitar a oportunidade. Por outro lado já andava com o bichinho de experimentar yoga, um pouco influenciada pelas leituras que faço do blog da Rita, The Busy Woman and the Stripy Cat. Já pratiquei Tai chi e body balance nos meus tempos de estudante e gostei muito, percebi que agora era o momento certo.
Ora, iniciámos as aulas há precisamente três semanas (fazemos duas horas por semana às quintas-feiras, podíamos optar por uma hora em dois dias por semana mas isso implicaria dois serões perdidos em família) e o que é certo é que desde então têm ocorrido sempre imprevistos:
Na primeira aula tivemos um problema com a fossa séptica. São as maravilhas da vida no campo, eu sei. E não, não temos saneamento básico. Acreditem: a realidade rural pode ser uma verdadeira aventura. Nesse mesmo dia tivemos que fazer obras urgentes e inesperadas que ainda estão a decorrer. O stress foi de tal maneira que fiquei com uma violenta dor de cabeça. Resultado: a última metade da aula, nomeadamente a parte da meditação, foi um verdadeiro suplício…
Na segunda aula, antes de começar, tive de tomar um ben-u-ron (e eu detesto tomar medicamentos, evito ao máximo) porque estava com uma gripe em cima e cheia de dores no corpo, mas ainda assim fiz questão de ir à aula e até correu muito bem (sinto que apesar de tudo tem-me feito muito bem);
Ontem ao deixar as minhas filhas no jardim-escola escorreguei e dei uma queda muito feia: fiquei sentada no chão, sem qualquer apoio dos braços para amortecer a queda. Resultado? Para além de ter andado a passear pela escola com as calças na zona do traseiro enlameadas, aleijei-me na zona do cóccix. Passei o dia com dores, sem poder praticamente sentar-me e a ouvir o meu marido: "Só consigo imaginar aquelas cenas dos desenhos animados a baterem com o traseiro nos degraus...", o que não é verdade porque foi uma queda única e seca. Hoje a coisa está melhor mas não está famosa e acho que não vou mesmo conseguir ir à aula porque tenho receio de agravar a situação atendendo às posições que são realizadas (e porque já não sei como dizer à professora que mais uma vez estou limitada fisicamente).
Enfim e ando eu à procura de um estilo de vida saudável, imaginem se não andasse. Bem, vou ver se consigo repousar um pouco porque ainda tenho esperanças de poder ir à aula no final do dia. Namaste!

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