Como já devem ter percebido eu sou uma rapariga que não
gosta muito de estar parada. Mas às vezes parece que existem forças que nos
querem puxar para trás. O dia-a-dia não é fácil e está carregadinho de imprevistos que nos fazem, muitas vezes, recuar no nosso caminho. Uma pessoa anda à procura de um estilo de vida saudável
e parece que alguém nos rogou uma praga para as coisas não correrem bem. Assim
fica difícil!
Como referi aqui, recentemente eu e o meu marido decidimos iniciar
uma atividade física. Ultimamente sentimo-nos um pouco enferrujados e também com
poucas oportunidades para fazermos atividades juntos, sem a presença das filhas
que ainda estão numa idade que exigem muito de nós. Fiquei surpreendida quando
ele sugeriu fazermos yoga: se há alguém que empurra alguém para estilos de vida
saudável cá em casa, esse alguém costuma ser eu e não o contrário. E ainda que ele
seja normalmente colaborante com as minhas ideias, embora inicialmente desconfiado,
raramente a iniciativa parte dele. Neste sentido, quando ele fez a sugestão
achei fantástico e percebi que tinha de aproveitar a oportunidade. Por outro
lado já andava com o bichinho de experimentar yoga, um pouco influenciada
pelas leituras que faço do blog da Rita, The Busy Woman and the Stripy Cat. Já pratiquei Tai chi e
body balance nos meus tempos de estudante e gostei muito, percebi
que agora era o momento certo.
Ora, iniciámos as aulas há precisamente três semanas (fazemos duas horas por
semana às quintas-feiras, podíamos optar por uma hora em dois dias por semana
mas isso implicaria dois serões perdidos em família) e o que é certo é que
desde então têm ocorrido sempre imprevistos:
Na primeira aula tivemos um problema com a fossa séptica. São as maravilhas
da vida no campo, eu sei. E não, não temos saneamento básico. Acreditem: a
realidade rural pode ser uma verdadeira aventura. Nesse mesmo dia tivemos que fazer obras
urgentes e inesperadas que ainda estão a decorrer. O stress foi de
tal maneira que fiquei com uma violenta dor de cabeça. Resultado: a última
metade da aula, nomeadamente a parte da meditação, foi um verdadeiro suplício…
Na segunda aula, antes de começar, tive de tomar um ben-u-ron (e eu detesto tomar
medicamentos, evito ao máximo) porque estava com uma gripe em cima e cheia de
dores no corpo, mas ainda assim fiz questão de ir à aula e até correu muito bem
(sinto que apesar de tudo tem-me feito muito bem);
Ontem ao deixar as minhas filhas no jardim-escola escorreguei e dei uma queda muito feia: fiquei sentada no chão, sem
qualquer apoio dos braços para amortecer a queda. Resultado? Para além de ter andado a passear pela escola com as calças na zona do traseiro enlameadas, aleijei-me na zona
do cóccix. Passei o dia com dores, sem poder praticamente sentar-me e a ouvir o meu marido: "Só consigo imaginar aquelas cenas dos desenhos animados a baterem com o traseiro nos degraus...", o que não é verdade porque foi uma queda única e seca. Hoje a coisa está melhor mas não está famosa e acho que não vou mesmo conseguir
ir à aula porque tenho receio de agravar a situação atendendo às posições que
são realizadas (e porque já não sei como dizer à professora que mais uma vez estou limitada fisicamente).
Enfim e ando eu à procura de um estilo de vida saudável, imaginem se não andasse. Bem, vou ver se consigo repousar um pouco porque ainda tenho
esperanças de poder ir à aula no final do dia. Namaste!
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